Mostrar mensagens com a etiqueta Apoios. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Apoios. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ICA e SEC ameaçam parar o cinema em 2012

Face ao comunicado do director do ICA, José Pedro Ribeiro, que anuncia a não abertura dos concursos de apoio ao cinema para 2012, a Associação Portuguesa de Realizadores vem manifestar a sua profunda indignação perante o que considera uma machadada inaceitável em todos os sectores envolvidos na actividade cinematográfica.

A confirmar-se esta tragédia, uma grande parte de actores, técnicos, realizadores, argumentistas, produtores, e todo um conjunto de profissionais envolvidos na criação, produção, distribuição, divulçação etc., ficará sem trabalho.

A APR lembra que todos estes profissionais têm contribuído para a projecção nacional e internacional do cinema português.

A actividade do cinema não pode ficar suspensa da lei do cinema que vai demorar meses até ser aprovada. E o financiamento que sustenta o Cinema, mesmo que diminuido, se não for canalizado para a actividade do Cinema vai para onde?

Como é possível que uma quebra de 10 a 15% das receitas do ICA (taxa de 3,2% da publicidade) conduza a uma quebra de 100% nos apoios ao cinema?
Como é possível que José Pedro Ribeiro garanta que o ICA "cumprirá todos os compromissos assumidos em resultado dos concursos [de 2011] cuja decisão foi já homologada"?. E os outros concursos de 2011 com decisões ainda não homologadas ou em fase de apreciação? O ICA não cumprirá os compromissos? etc.,etc.

A APR espera que o Senhor Secretário de Estado da Cultura reconsidere esta lamentável decisão tanto mais que os fundos para o cinema português não provêm do orçamento do Estado. A APR - Associação Portuguesa de Realizadores, juntamente com as outras associações do sector, tudo fará para impedir a morte do cinema em Portugal.

APR - Associação Portuguesa de Realizadores

quarta-feira, 28 de abril de 2004

A Austrian Filmmaker´s Association apoia o Manifesto da APR

Dear Fellow-Filmmakers,
the General Assembly of the Austrian Filmmaker´s Association (Dachverband der österreichischen Filmschaffenden), have yesterday decided to declare our solidarity with your protest.
Just as Portugal, Austria is a small country with many distinguished filmmakers. We know how difficult it is to be able to maintain a functioning. non-commercial, independet film industry, and how important this is for the national identity.
Therefore, we support your "Manifesto“ and are with you in our hearts.
Dachverband der Filmschaffenden

segunda-feira, 26 de abril de 2004

O Congresso Brasileiro de Cinema apoia o Manifesto da APR

Á Direcção da A.P.R., Colegas de Portugal.
O CBC - Congresso Brasileiro de Cinema, entidade permanente que congrega 55 entidades representativas dos vários setores do cinema brasileiro, apresenta seu apoio integral ao manifesto abaixo transcrito. Vossa luta é semelhante à nossa e caminhamos juntos pela afirmação de nossos cinemas nacionais.
Atenciosamente
Geraldo Moraes, Presidente do CBC. Brasil

terça-feira, 20 de abril de 2004

Associação de Realizadores Mexicanos apoia o Manifesto da APR

La sección de Directores del STPC, (sindicato de Trabajadores la Producción Cinematografica) con sesenta años de existencia en el México siempore se ha manifestado en contra de toda intención, provenga de donde provega, de agredir la cultura de una nación.
Nuestro país sufrió a fines del año pasado una amenaza similar por parte del mismo gobierno mexicano que supuestamente sería el encargado de velar por la preservación de los valores y cultura mexicana. Afortunadamente en esta ocasión tales intenciones no progresaron gracias a la intervención de toda la comunidad cinematográfica ante las cámaras de legisladores.
Esperamos que en el gobierno Portugues impere la inteligencia y comprensión para entender que la cinematografía de una nación es parte fundamental de su historia.
Alfredo Gurrola, Secretario General
Sección de Directores del Sindicato de Trabajadores de la Producción Cinematográfica

quinta-feira, 8 de abril de 2004

A ARP, Société Civile des Auteurs, Réalisateurs, Producteurs, apoia o Manifesto da APR

Soutien au manifeste de l'Association Portugaise de Réalisateurs, A.P.R. L'ARP, la Société Civile des Auteurs, Réalisateurs, Producteurs, tient à apporter son soutien à votre action.Cordialement,
Pierre JOLIVET, Président de l'ARP
Je vous prie de bien vouloir trouver la liste des membres de l'ARP.
Chantal Akerman / Roger Andrieux / Jean-Jacques Annaud / Pascal Arnold / Abdelkrim Bahloul /Josiane Balasko / Philippe Barassat / Patricia Bardon / Paul Barge / Jean-Marc Barr / Christophe Barratier / Gilles Behat / Jean-Jacques Beineix / Yannick Bellon / Véra Belmont / Luc Beraud / Brigitte Berg / Claude Berri / Jean-Louis Bertuccelli / Bertrand Blier / Thierry Boscheron / Rachid Bouchareb /Patrick Bouchitey / Férid Boughedir / Paul Boujenah / Jacques Bral / Patrick Braoudé / Laurence Braunberger / Catherine Breillat / Jean-Claude Brisseau / Henning Carlsen / Fabio Carpi / Jean-Michel Carré / Randa Chahal Sabbag / Etienne Chatiliez / Patrice Chereau / Yvan Chiffre / Elie Chouraqui / Souleymane Cissé / Philippe Clair / Alain Corneau / Jérôme Cornuau / Miguel Courtois / Dominique Crèvecoeur / Jacky Cuckier / Camille De Casabianca / Liliane De Kermadec / Lionel Delplanque / Gilles De Maistre / Richard Dembo / Claire Denis / Gérard Depardieu / Raymond Depardon / Antoine Desrosières / Michel Deville / Jérôme Diamant-Berger / Jacques Doillon / Jacques Dorfmann / David Drach / Evelyne Dress / Albert Dupontel / Georges Dybman / Bertrand van Effenterre / Jacques Fansten / Etienne Faure / Joël Farges / André Farwagi / René Feret / Jacqueline Ferreri / Michel Ferry / Stephen Frears / René Gainville / Philippe Galland / Nicole Garcia / Costa Gavras / Nicolas Gessner / Christian Gion / José Giovanni / Bernard Giraudeau / Amos Gitaï / Pierre-William Glenn / Jean-Luc Godard / Sophie Goupil / Sébastien Grall / Patrick Grandperret / Paulette Grimault / Alain Guesnier / Didier Haudepin / Laurent Heynemann / Med Hondo / Jean-Loup Hubert / Just Jaeckin / Pierre Jallaud / Jean-Claude Jean / Alain Jessua / Arthur Joffé / Roland Joffé / Pierre Jolivet / Gérard Jourd'hui / Gérard Jugnot / William Klein / Andreï Konchalovsky / Lionel Kopp / Jan Kounen / Gérard Krawczyk / Stéphane Kurc / Jeanne Labrune / Franck Landron / Claude Lanzmann / Carole Laure / Patrice Leconte / Geneviève Lefebvre / Christian Lejalé / Claude Lelouch / Jocelyne Lemaire-Darnaud / Hervé Lievre / Christine Lipinska / Denis Llorca / Marceline Loridan-Ivens / Sarah Maldoror / Alain Maline / Manuel Malle / Jean Marboeuf / François Margolin / Didier Martiny / Margaret Menegoz / Jean-Luc Miesch / Radu Mihaileanu / Claude Miller / Patrick Mimouni / Serge Moati / Edouard Molinaro / Jeanne Moreau / Madelaine Morgenstern / Philippe Muyl / Michel Nerval / Patrice Noia / Olivier Nolin / Michel Ocelot / Pascal Ortega / Gérard Oury / Sembene Ousmane / Euzhan Palcy / Hervé Palud / Raoul Peck / Jacques Perrin / Laurent Perrin / Maurice Pialat / Yann Piquer / Roger Planchon / Jacques Poitrenaud / Roman Polanski Karel Prokop / Jean-Paul Rappeneau / Vincent Ravalec / Raphaël Rebibo / Jacques Renard / Jacques Richard / Pierre Richard / Eric Rohmer / Brigitte Roüan / Jacques Rozier / Marc Sandberg / Joël Santoni / Volker Schlöndorff / Barbet Schroeder / Guy Seligmann / Arnaud Selignac / Joël Seria / Coline Serreau / Charlotte Silvera / Fernando Solanas / Roch Stéphanik / Jean-François Stevenin / Steve Suissa / Jean Charles Tacchella / Radovan Tadic / Bertrand Tavernier / Pascal Thomas / Patrick Timsit / Fina Torres / Agnès Varda / Paul Vecchiali / Christian Zerbib / Claude Zidi

terça-feira, 6 de abril de 2004

MANIFESTE DE L’ASSOCIATION PORTUGAISE DE REALISATEURS -A.P.R

Le Gouvernement Portugais s’apprête à faire voter au milieu du mois d’Avril une nouvelle Loi du Cinéma, intitulée Loi des Arts Cinématographiques (pourquoi le pluriel ?) et Audiovisuels. L’Institut du Cinéma, ICAM, (équivalent portugais du C.N.C) disparaît de la loi. Par contre est créé un "Fonds pour l’Investissement et le Développement des Arts Cinématographiques et de l’Audiovisuel" à travers lequel le Gouvernement menace de convertir le peu d’argent disponible pour la production du cinéma portugais en capital pour un commerce louche avec les distributeurs et exploitants américains et les chaînes privées de télévision, un "Fonds" destiné à financer des projets supposée attirer le public afin de générer des bénéfices. De telles manoeuvres arrivent au moment où le cinéma portugais, après avoir renforcé son identité et ses modes de production, a vu apparaître de jeunes auteurs et a permis le travail de cinéastes confirmés dont l’oeuvre est reconnue tant au niveau national qu’international. Ainsi, alors que tous les indicateurs démontrent une consolidation de la cinématographie portugaise autour d’une production importante et diversifiée, le Gouvernement Portugais prétend maintenant, par un numéro d’illusionniste, ruiner les fonds de la culture au profit d’un commerce douteux, étranglant la production, produisant moins de films mais au budget beaucoup plus élevé, excluant du système des dizaines de créateurs, au nom d’un mirifique "cinéma commercial" qui, au Portugal, n’est parvenu qu’à engendrer des échecs financiers et des naufrages culturels. Aucun raisonnement économique ne peut étayer la légitimité de ce cinéma "cher et commercial" : et le Gouvernement - dans une irresponsable navigation à la dérive - ne s’appuie pour légitimer ce choix sur aucune étude prospective. En vérité, plus il est investi d’argent dans un film portugais plus grand est le préjudice qu’il provoque ; tandis que, au contraire, il a été démontrée la bien meilleure "performance commerciale" de films beaucoup moins coûteux, beaucoup plus libres et originaux, films qui, eux, circulent dans le monde entier, mobilisant des spectateurs de générations différentes et de cultures diverses. Pour le cinéma - comme pour tous les arts et toute la culture - nous exigeons donc un Ministère de la Culture, avec une politique culturelle et artistique effective, et non un Ministère du Commerce. Nous n’acceptons pas les politiques commerciales et industrielles au sein du Ministère de la Culture (contraires aux accords internationaux du commerce et aux directives communautaires sur le statut de l’exception culturelle) mais nous voulons de véritables politiques qui protègent et défendent le cinéma portugais dans un marché abandonné aux intérêts de l’industrie américaine. Nous exigeons que l’argent du cinéma soit pour le cinéma, qu’il soit attribué à travers des concours publics avec des règles et des critères transparents qui assurent la liberté et l’indépendance de la création. Nous voulons que cela soit fait au nom de la souveraineté culturelle du pays et au nom des liens qui unissent le cinéma à tous les autres arts, et aussi au nom de la préservation de l’identité culturelle de chaque pays.

Nous exigeons du Ministère de la Culture un Institut du Cinéma, avec des recettes propres et une autonomie administrative et financière et nous voulons aussi une séparation claire entre l’art du cinéma et les intérêts de l’audiovisuel, qui, eux, relèvent exclusivement des cahiers des charges des télévisions et doivent être absolument séparés des fonds qui soutiennent le cinéma.

Nous ne pouvons admettre que le cinéma portugais soit soumis aux intérêts des télévisions privées et publiques ni que le Gouvernement se serve du statut culturel du cinéma pour financer en douce - à travers le dit "Fonds d’Investissement" - les déficits des télévisions et leur incapacité chronique à soutenir la production. Nous exigeons que la loi respecte les principes énoncés en son préambule : plus de films, plus de diversité, possibilité pour plus de cinéastes - de toutes les générations- de filmer. Et nous voulons surtout que l’État en revienne à son rôle de garant de la liberté et de la défense intransigeante des créateurs et de leurs oeuvres, sans les prétentions populistes qui, depuis longtemps, ont fait main basse sur l’imaginaire des Portugais au profit des intérêts de l’industrie du cinéma américain et des sous-produits de la télévision brésilienne. Sacrifier une cinématographie à de tels desseins est un crime à l’encontre de la démocratie et de la liberté de tous. Et tout indique que ce ne pourrait être que le début d’un processus mettant fin à la souveraineté culturelle portugaise, une mort annoncée de son indépendance et de son originalité au nom d’une politique culturelle menée en faveur d’une "littérature" de best-sellers, d’une "peinture" et "sculpture" décorative, d’un "théâtre" de boulevard, d’une musique de super-marché, le retour enfin au cauchemar d’une sous-culture rétrograde, obéissant aux caprices du marché et aux intérêts des messieurs qui croient le diriger.

Lisbonne, le 26 Mars 2004 A.P.R. Associação Portuguesa de Realizadores. L’ A.P.R., la plus importante association de réalisateurs au Portugal, réunit 56 réalisateurs de longs et courts-métrages de fiction, documentaire et animation : Sandro Aguilar, Manuel João Aguas, Luis Alvarães, Catarina Alves Costa, Luis Alves de Matos, Nuno Amorim, Jorge António, Leonor Areal, Rita Azevedo Gomes, Carlos Braga, Daniel Blaufuks, Margarida Cardoso, José Pedro Cavalheiro, João Botelho, João Canijo, José Filipe Costa, Pedro Caldas, Eduardo Condorcet, Pedro Costa, António Escudeiro, Edgar Feldman, Luciana Fina, Luis Fonseca, Raquel Freire, Teresa Garcia, João Mário Grilo, Margarida Gil, Miguel Gomes, Pierre-Marie Goulet, Regina Guimarães, António Loja Neves, Fernando Lopes, Fernando Matos Silva, João Matos Silva, Inês de Medeiros, Madalena Miranda, José Álvaro Morais, Catarina Mourão, Manuel Mozos, José Nascimento, Solveig Nordlund, Joaquim Pinto, João Ribeiro, Paulo Rocha, João Pedro Rodrigues, Monique Rutler, Saguenail, Renata Sancho, Alberto Seixas Santos, Pedro Sena Nunes, Jorge Silva Melo, Sérgio Tréfaut, Fernando Vendrell, Francisco Villa-Lobos, Teresa Villaverde, Jeanne Waltz.

ce sont déjà associés à ce manifeste les personnalités suivantes (4.04.2004) Rui Zink, écrivain, Lisbonne, Portugal Carlos Zingaro, musicien, compositeur Manuel da Costa Cabral, Directeur du Service des Beaux-Arts de la Fondation Gulbenkian, Portugal Luís Castro, Acteur, Metteur en Scène, Portugal Maria Luísa Garcia Fernandes, Museologue, Porto, Portugal António Roma Torres - critique de cinema, Porto, Portugal Daniel del Negro - cinéaste, Portugal Fernando Barbosa, Industriel, Porto, Portugal Ilda Castro, cinéaste, Portugal Octávio Espirito Santo, directeur de la photographie Isabel Aboim, cinéaste, Lisbonne, Portugal Filipe Carneiro. architecte, Portugal Inês Barbosa, étudiante, Porto Eurico Ferreira, producteur de film, Portugal Ivo Ferreira, cinéaste, Lisbonne, Portugal Manuela Penafria, Universitaire, Covilha, Portugal Anabela Moutinho, Ciné Club de Faro, Portugal Paulo Martins - Operateur TV,Portugal Cláudia Tomaz - réalisatrice, Lisbonne, Portugal André Godinho - cinéaste, Lisbonne, Portugal Fernando Mateus - Journaliste, Algueirão,Portugal Nathalie Mansoux, Portugal Mónica Calle - Directora da Casa Conveniente. Lisbonne, Portugal Rosa Freitas, Lisbonne, Portugal Inês Oliveira - Réalisatrice, Portugal Luís Pereira - Cineclube da Horta, Portugal Manfredo Caldas - Cinéaste, Brasilia, Brésil Débora Peters, producteur, Brésil Marcelo Laffitte, Cineasta, President Nacional de l’ ABD, Rio de Janeiro, , Brésil Geraldo Veloso, Diretor Associação Mineira de Cineastas, Coordenador Geral do 6o. Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, Coordenador de Produção do Programa de Televisão, "Cine Magazine", Produtor e Diretor de Cinema e Televisão, , Brésil Bernardo Vorobow, programmateur de cinéma, São Paulo, Brésil Carlos Adriano, réalisateur, São Paulo, Brésil Rosângela Rocha, Brésil Carlos Manta associado à ACCV - Associação Cearense de Cinema e Vídeo João Batista de Andrade - Cineasta Pirenópolis-GO, Brésil Associação Mineira de Cineastas, Brésil ABD/SE - Associação Brasileira de Documentaristas/Sergipe, Brésil Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragistas, Brésil Associação Baiana de Cinema e Vídeo - ABCV, BAHIA, Brésil Gerald Collas, Producteur, Paris, France Ginette Lavigne, Réalisatrice, Paris, France Richard Dumas, photographe, Rennes, France Jean-Louis Comolli, cinéaste, Paris, France. Gisèle Breteau Skira, rédactrice en chef de Zeuxis Magazine, Paris, France Nicolas Schmerkin, Directeur du magazine Repérages, réalisateur, producteur, programmateur, France Jean-Claude Bonfanti directeur artistique Bruxelles Belgique Marie-Claude Loiselle, rédactrice en chef, revue 24 images, Montréal, Québec. Annik Leroy, Réalisatrice, Bruxelles, Belgique Elizabeth Riollet ( enseignante cinéma ), France Claire Simon, Cinéaste. Paris France Jean-Loup Baly, conteur-musicien, France Danielle Jaeggi, cinéaste, Paris. Gérard Grugeau, Critique de cinéma, Montréal, Québec Fanny Guiard, documentariste.France Erika Bauer -Cineasta/Brasilia, Brésil Jacques Kermabon, journaliste, rédacteur en chef de Bref, Paris, France Frédérique Devillez, Cinéaste, Paris, France Patrice Chagnard, cinéaste, France Claudine Bories, cinéaste, France Erik Bullot, cinéaste, Paris, France Maria Luiza Aboim, Cineasta Documentarista, Rio de Janeiro, Brasil Ivo Branco, cineasta, São Paulo - Brasil Olivier Smolders, Cinéaste et Producteur de films, Liège, Belgique Pery de Canti, Cineasta, Maringá/PR - Brésil Nuno Pires, Réalisateur et assistant-réalisateur, Paris, France Annie Comolli, enseignante de cinéma et cinéaste, Paris, France Catalina Villar, réalisatrice et membre des Ateliers Varan. Paris. France Nicholas Elliott, réalisateur, New York, USA Ahmed Rezkallah ingenieur du son, Paris, France Carlo Ginzburg, historien, Bologne, Italie Sandra Alvarez de Toledo, historienne d’art, Paris Christophe Gallaz, Ecrivain, Suisse Jean-Paul Roig , Réalisateur , Paris, France Christophe Ruggia, cinéaste, Paris, France Jean Breschand, réalisateur, Paris, France Yves Billon:cineaste producteur :Les Films du Village, Paris, France Marie-Claude Treilhou, Réalisatrice, Paris, France Frédéric Sojcher, cinéaste, Président de l’ARRF (Association des Réalisateurs et Réalisatrices de Films, en Belgique). Alain Dufau, Réalisateur , France François EDE, réalisateur, Paris, France Eric Bergel, auteur-réalisateur, Nice, France Giada Colagrande, cinéaste, Roma, Italia Willem Dafoe, acteur, New York, USA George Minot, écrivain, New York, USA Jean-Jacques Beineix, Réalisateur Producteur Cargo Films, Paris, France Yola Le Caïnec, enseignante, paris, france Marie-Pierre Duhamel-Muller, productrice, Paris, France Anna-Célia Kendall, réalisatrice, Paris ú France Jean-Christophe Soulageon, Producteur, Les Films Sauvages,Paris, France Monique Calinon, bibliothécaire à la BNF, a été attachée de presse du festival de Dunkerque(très lié au cinéma portugais), Paris, France Christina Dumoulin Belgique Charles Hersperger, poète, Vevey, Suisse

segunda-feira, 24 de março de 2003

Resistência! Os cineastas portugueses apoiados na Internet

Merci de lire la déclaration suivante et si vous en êtes d'accord, de la signer avec votre nom, profession, ville.
Cela fait chaud au coeur de penser qu'il est un pays d'Europe où l'on fait encore beaucoup de films cousus main. Des films à penser, à ressentir, comme ceux de Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Abi Feijo, João César Monteiro, João Botelho, Pedro Costa, ou auparavant António Reis, et bien d'autres dont l'oeuvre est parfois moins connue mais non moins essentielle pour que le monde des idées et des émotions continue de tourner.
Aujourd'hui, au Portugal, le dispositif qui permettait à ces films d'exister est menacé de disparaître au profit d'une vue "purement" mercantile du cinéma.
Nous tenons à faire savoir notre tristesse et notre révolte devant de telles perspectives

Résistance 7art
Teia Portuguesa

sexta-feira, 21 de março de 2003

Resistência! Os cineastas portugueses apoiados por personalidades de 51 países

texto do apoio:
Aquece o coração pensar que há um país na Europa onde ainda se fazem muitos filmes cosidos à mão. Filmes de pensar e de sentir, como os de Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Abi Feijó, João César Monteiro, João Botelho, Pedro Costa ou, antes, António Reis, e muitos outros cuja obra é por vezes menos conhecida mas não menos essencial para que o mundo das ideias e das emoções continue a girar.

Hoje, em Portugal, o dispositivo que permitia que esses filmes existissem corre o risco de desaparecer em favor de uma visão "puramente" mercantil do cinema.
Fazemos questão de exprimir a nossa tristeza e a nossa revolta face a essa perspectiva.

as manifestações de apoio continuam a chegar.

Até este dia, 31 de Março de 2003.
chegaram manifestações de apoio dos 51 países seguintes

8 novos país seguintes:
China, Dinamarca, Filipinas, Índia, Luxemburgo, Peru, Suécia, Vietname
juntaram-se nos 43 anteriores:
Alemanha, Argentina, Albânia, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Burkina Faso, Canadá, República Checa, Chile, Cuba, Coreia, Escócia, Espanha, E.U.A., Finlândia, França, Grécia, Haiti, Holanda, Israel, Itália, Inglaterra, Irlanda do Norte, Irlanda (Republica de), Japão, Jordânia, Líbano, Lituânia, México, Namíbia, Noruega, Polónia, Roménia, Suíça, Senegal, Síria, Tunísia, Turquia, Ucrânia, Uruguai, Jugoslávia

as assinaturas vêm de distribuidores, rede de salas de cinema:
Miramax Films( E.U.A.)
Cinéma en Lumière (França)
UCLA Film and Television Archive (E.U.A.)
Canyon Cinema (E.U.A.)
Association Clair Obscur (França)
que se juntam a :
- Syndicat des Distributeurs Indépendants (SDI) (França)
- Cinémas de la Ferme du Buisson-Scène Nationale de Marne-la-Vallée (França)
- Agence du Court Métrage (França)
- Groupement National des Cinémas de Recherche (França)
- Association Cinémas 93 (França)
- CRAC, Scène Nationale de Valence (França)
- Union Nationale Inter Cine-Clubs UNICC (França)
- Association des Cinémas de Recherche d'Ile de France
- Ecrans VO Association de salles de cinéma du Val d'Oise (França)
- Pierre Grise Distibution (França)
- MK2 (França)
- Zootrope Films (França)
- Héliotrope Films (França)

de jornalistas e críticos que escrevem para :
Time Out London magazine Londres (Inglaterra)
L'Image, le Monde (França/Bèlgica)
Agence France Presse New-York (E.U.A.)
Cineaste Magazine (E.U.A.)
The Independent on Sunday (Inglaterra)
Résistance 7ème Art (França)
Shomingeki (Alemanha)
Editions Paris Expérimental (França)
Tercer Ojo (Espanha)
Repérages (França)
que se juntam a
- Le Monde (França)
- Cahiers du Cinéma (França)
- Senses of Cinéma (Austrália)
- Telerama (França)
- L'Arche (França)
- 24 images (Québec/Canadá)
- Bref (França)

de representantes ou membros de associações profissionais tais como:
- Association des réalisateurs et réalisatrices de films (ARRF) (Bélgica)
- ARP, association des Réalisteurs et Producteurs (França)
- Associação Brasileira de Documentaristas/SE (Brasil)
- Polish Society of Cinematographers (Polónia)
- The Directors Association of Catalunha (Espanha)
- Association des Auteurs-Réalisateurs du Sud-Ouest (França)
- Lituanian Filmakers Union (Lituânia)
- Association des réalisateurs et réalisatrices du Québec (Canadá)

de professores e ensaistas de
UCLA School of Film and Television (E.U.A.)
INSAS (Bèlgica)
Université Paris 8 (França)
Rider University (E.U.A.)
École Nationale Supérieure d'Arts de Paris-Cergy (França)
que se juntam a :
- La Sorbonne (França)
- Yale University (E.U.A.)
- Observatorio do Audiovisual -Universidade de Santiago de Compostela (Espanha)
- University of Nagoya (Japão)
- CVK "KVADRAT" Film School (Jugoslávia)
- University of New Mexico Media Arts Dept. (E.U.A)

de directores, responsáveis ou programadores dos seguintes festivais
(longas e curtas metragens, documentários e animação)
VIENNALE (Áustria)
Rencontre du Court Métrage de St. Benoit de La Réunion (França)
Roma DocFest (Italia)
Brussels International Festival of Fantasy Films (Bèlgica)
Canadian Film Centre's Worldwide Short Film Festival (Canadá)
Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe (Brasil)
Cinemanila International Film Festival (Filipinas)
que se juntam a :
- Leopards of Tomorrow - Festival de Locarno (Suiça)
- International Forum of New Cinema de Berlin (Alemanha)
- International Film Festival Rotterdam (Holanda)
- Quinzaine des Réalisateurs (França)
- Semaine Internationale de la Critique( França)
- Yamagata Intl. Doc Film Festival (Japão)
- Festival des Films du Monde de Montreal (Canadá)
- Festival Intl. du nouveau Cinéma de Montréal ( FCMM) (Canadá)
- Entrevues -Festival du Film de Belfort (França)
- International Short Film Festival de Siena (Itália)
- São Paulo Intl .Short Film Festival (Brasil)
- International Short Film Festival - Berlin ((Alemanha)
- Intl Leipzig Festival for Documentary and Animated Film (Alemanha)
- Valladolid International Film Festival (Espanha)
- Festival International du Film d'Amiens (França)
- Festival Int. du Court Métrage de Clermont-Ferrand (França)
- Tampere Film Festival (Finlândia)
- Kyiv International Film Festival Molodist (Ucránia)
- Premiers Plans - Festival du Film d'Angers (França)
- Festival International du Cinéma Méditerranéem de Montpellier (França)
- Festival Filmer à Tout Prix (Bélgica)
- Festival du Film de Femmes de Créteil (França)
- La Rochelle International Film Festival (França)
- Travelling - Festival de Rennes (França)
- Festival "Arcipelago" de Rome (Itália)
- Seoul International Cartoon and Animation Festival (Coreia)
- Rencontres Internationale du Documentaire de Montréal (Québec-Canadá)
- Festival Confrontation Perpignan (França)
- Rencontres des Cinémas d'Amérique Latine de Toulouse (França)
- Festival Courts sur Cour (Bélgica)
- Tribeca Film Festival - New York (E.U.A)
- Midnight Sun Film Festival (Finlândia)

de membros ou directores de Instituições Culturais, Museus, Cinematecas
National Film Theatre, London (Inglaterra)
UCLA Film and Television Archive (E.U.A.)
que se juntam a
- Centre Pompidou (França)
- Cinémathèque Française (França)
- Postdam Filmmuseum (Alemanha)
- Centre du Cinéma Grec (Grécia)
- Centre du Cinéma de la Communauté Française de Belgique (Bèlgica)
- Eurodoc
- Lieux Fictifs (França)
- Ecole et Cinéma (França)
- Cinémathèque de Toulouse(França)
- Media Institue of Southern Africa (Africa do Sul)
- Forum des images (França)

de directores de salas de cinema
- Le Mèlies (St-Etienne/França)
- Eldorado (Dijon/ França)
- Alhambra (Marseille/França)
- Vera Zienema (Groningen / Holanda)
- Lumiére Cinema (Bruges / Bélgica)
- Cinema Nova (Bruxelles/Bélgica)
- Le Dietrich (Poitiers / França)
- Cinéma Trianon (Ronainville / França)
- Les Visiteurs du Soir (Valbonne /França)
- Cinéma Les Toiles, (Saint Gratien / França)
- Cinéma Jean Vigo (Gennevilliers / Franca)

e também de centenas de cineastas, estudantes, professores e espectadores.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

Resistência! Personalidades de 43 paises em defesa do Cinema Português

Durante uma recente retrospectiva de cinema português em Bruxelas, onde foram projectados filmes de Antonio Reis, Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Alberto Seixas Santos, João Botelho, Pedro Costa, entre outros. alguns participantes e cineastas presentes manifestaram a sua preocupação com a situação do cinema em Portugal, nomeadamente depois das notícias assustadoras relativas à situação do ICAM que apareceram na imprensa internacional.
A urgência pelo esclarecimento desta situação, fez com que fosse logo aí redigido um pequeno texto, que circulou durante esse ciclo de cinema e aí recolheu as suas primeiras assinaturas.
Foi esse texto, acompanhado dessas primeiras assinaturas, que logo a seguir começou a circular, e circula ainda, essencialmente, através do correio electrónico.
Este texto de "sensibilização" não tem portanto origem em nenhuma associação, organização, um ou mais produtores portugueses ou estrangeiros, permite fazer saber, que fora das fronteiras deste país, existem seres humanos que se interessam e gostam do cinema que se produz em Portugal, esse cinema "cosido à mão" que faz tanto pela felicidade de tantas pessoas por
esse mundo fora e que é orgulho de quem o faz e que devia ser orgulho do próprio país.

Texto:
Aquece o coração pensar que há um país na Europa onde ainda se fazem muitos filmes cosidos à mão. Filmes de pensar e de sentir, como os de Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Abi Feijó, João César Monteiro, João Botelho, Pedro Costa… ou, antes, António Reis, e muitos outros cuja obra é por vezes menos conhecida mas não menos essencial para que o mundo das ideias e das emoções continue a girar.
Hoje, em Portugal, o dispositivo que permitia que esses filmes existissem corre o risco de desaparecer em favor de uma visão "puramente" mercantil do cinema. Fazemos questão de exprimir a nossa tristeza e a nossa revolta face a essa perspectiva
INFORMAÇÃO
Em Portugal, há meses que se está a elaborar uma lei do cinema cujo conteúdo só se adivinha pelos rumores, ideias gerais difundidos pelos responsáveis políticos, e cuja orientação apenas se pode deduzir com base no contexto actual subjacente à política cultural portuguesa.
Um dos problemas actuais é saber algo sobre o novo "dispositivo"; um dos principais motivos de preocupação é o "segredo" que rodeia a sua elaboração e o seu conteúdo
Contudo, havia sido prometido que o projecto de lei seria disponibilizado a todos os profissionais para que estes pudessem apresentar os seus comentários e sugestões sobre o texto. Até hoje, nenhum projecto de texto foi disponibilizado sendo que a nova lei deverá ser apresentada ao Parlamento daqui a dois meses!
Neste momento circulam os rumores mais "estranhos" e inquietantes. Os mais persistentes são: o fim dos apoios financeiros aos projectos individuais e a atribuição de "pacotes", sob a forma de contratos-programa estabelecidos com as produtoras, a supressão dos apoios específicos a primeiras e segundas obras, a diminuição progressiva do número de longas metragens produzidas com vista a favorecer as produções com orçamentos mais elevados, susceptíveis de competir com os filmes estrangeiros (?!)
O modo como foram organizadas as últimas atribuições de subsídios previstos para 2002, deixa antever o pior. O concurso para o apoio selectivo à produção de longas metragens onde estava oficialmente regulamentado o apoio a três filmes, foi aberto há uns dias, prevendo a atribuição de apoio a apenas a um filme.
O concurso previsto para as primeiras e segundas obras, também este oficialmente anunciado no início do ano, e também objecto de dotação orçamental, foi, pura e simplesmente, suprimido. Com a agravante de que no regulamento do concurso de apoio selectivo à produção de longas metragens, acima mencionado, se proíbe a apresentação de uma primeira ou segunda obra.
Quanto ao documentário, se é que o concurso previsto foi realmente aberto, ninguém tem a mínima ideia sobre as orientações da nova lei nesta matéria. E isto, numa altura em que, em Portugal, a necessidade de um apoio ao documentário de criação, que tanto demorou a ser aceite, começava, talvez, a dar alguns frutos.
De notar também que, em Janeiro de 2003, toda e qualquer perspectiva de produção se tornou inviável, já que não se poderá lançar qualquer novo concurso ou apoio antes da nova lei ser votada e promulgada.
Este projecto de lei surge em simultâneo com a reformulação total da estrutura da televisão pública. Depois de anunciada a supressão do segundo canal da RTP (aliás, praticamente o único que divulga o cinema português, longas metragens, curtas metragens e documentários, ou seja, cinema como o de Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, João César Monteiro, João Botelho, Pedro Costa, etc...mas também cineastas estrangeiros desde Kaurismaki a Godard, passando por Kiarostami...), o governo fala agora em entregá-lo à "sociedade civil" (?!) sem que ninguém saiba o que tal significa.
Paralelamente, o cinema português foi violentamente abalado, durante 2002, por uma série de "crises". O ICAM (Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia), organismo que gere, especialmente, os subsídios que permitem a existência do cinema português, entrou numa crise financeira resultante do não pagamento, por parte das cadeias de televisão - tanto privadas como públicas - da taxa de publicidade que financia o ICAM e que as empresas de televisão têm por missão cobrar em seu nome. A falta de pagamento - ilegal - dessa taxa durou meses, fazendo com que o ICAM não pudesse honrar os seus compromissos contratuais tanto para com os produtores como para com os distribuidores e realizadores que haviam recebido apoios à preparação de projectos. Em suma, os apoios financeiros concedidos por concurso e por júri e contratualizados, foram atrasados.
O texto de sensibilização que, actualmente, circula tem como objectivo solidarizarmo-nos com a inquietação dos cineastas portugueses, apoiá-los e demonstrar que, fora das fronteiras de Portugal, há pessoas que se interessam e gostam do cinema que se faz em Portugal, "esse cinema a que é preciso pôr cobro já que os portugueses não o querem ver", como disse um responsável político.

Ultima noticia; 17.01.2003
O anteprojecto de lei do Governo para o Cinema, Audiovisual e Multimédia está concluído e deverá ser apresentado ao sector em Fevereiro, disse à Lusa o secretário de Estado da Cultura, José Amaral Lopes. O resultado do trabalho da comissão que elaborou o documento, liderada por Salvato Telles de Menezes e Anabela Afonso, será agora apreciado pelos ministros da Cultura, Pedro Roseta, e da Presidência, Nuno Morais Sarmento, podendo ser feitos «ajustes de pormenor».
DN -17/1/2003