Cabe aos cineastas do presente a continuidade do trabalho da criação dos filmes, das imagens em movimento e dos sons da actualidade. Estas imagens e sons constituem um "olhar" circunstanciado e único sobre a realidade que nos rodeia, um gesto criativo que plasma para o futuro o entendimento e a compreensão da sociedade, a vivência, o pensamento e o seu imaginário colectivo.
A existência destes filmes através da sua produção, divulgação e preservação é essencial para a compreensão e entendimento futuro da sociedade portuguesa, constituindo também um património para a humanidade. Os cineastas do presente são os responsáveis pela continuidade da realização destes filmes, constituindo perante a sociedade um garante da existência futura deste património de imagens e sons através da sua obra cinematográfica.
Neste momento, de profunda crise na produção cinematográfica em Portugal, é vital que os filmes continuem a ser produzidos, exibidos e difundidos, continuando a retratar a realidade, manifestando preocupações, enunciando as aspirações e os desejos mais profundos da população portuguesa.
Está em risco a possibilidade de reflectir, sonhar e perspectivar o presente, mas também de constituir um património fílmico que consubstancia a realidade histórica e o imaginário futuro de um país. A necessidade da população se poder rever, identificando-se e projectando-se através da fruição da sua imagem filmada é um direito essencial, sem imagens em movimento e respectivos sons o seu presente é empobrecido, a sua memória é omissa e o seu futuro será inquestionavelmente hipotecado. Há uma enorme responsabilidade perante a população portuguesa de assegurar a existência deste "espelho mágico" uma obrigação a que os governantes portugueses não se podem furtar.
Os realizadores portugueses, cientes da importância única deste património, herdando o legado de milhares de "olhares" dos cineastas do passado, têm o dever e a obrigação de preservar a sua continuidade e o seu futuro. Nesta tarefa não estão sós, estão rodeados de autores, artistas, produtores, técnicos, prestadores de serviços, estúdios, laboratórios e de todas as pessoas e instituições que contribuem para a realização de um filme. Um filme é uma obra colectiva, a sua existência depende de um colectivo de pessoas e de todos os seus contributos para um fim comum. Em cada filme está registado residualmente um pouco das nossas vidas, a dedicação e esforço de um grupo de pessoas durante um momento específico de criação.
Citando livremente Manoel de Oliveira, o cinema é como uma árvore, cada ramo correspondendo um cineasta, cada galho um filme. Cada olhar de um cineasta cria as suas ramificações e as respectivas raízes. Esta àrvore centenária tem raízes bem fundas, sem o conhecimento destas raízes ou desprezando-as, os ramos perdem o seu vigor, as raízes apodrecem e deixam de existir, a árvore fenece correndo o risco da sua própria morte. O enfraquecimento desta àrvore tem como consequência a sua morte. Daí afirmarmos como Manoel de Oliveira, que para o cinema português "parar é morrer".
Os cineastas, realizadores, autores, artistas, produtores, técnicos, prestadores de serviços, estúdios, laboratórios, pessoas e instituições que providenciam a continuidade do cinema português e o seu futuro, estão em luta pela preservação de algo maior, deste legado centenário e da sua continuidade e futuro. A responsabilidade última perante a sociedade portuguesa.
Está em risco a capacidade dos portugueses, através dos filmes e do seu cinema, sonharem, se confrontarem com os seus fantasmas, fruindo na sua vida uma experiência mais rica e intensa, através das suas emoções e da projecção do seu imaginário.
Viva o cinema português!
A existência destes filmes através da sua produção, divulgação e preservação é essencial para a compreensão e entendimento futuro da sociedade portuguesa, constituindo também um património para a humanidade. Os cineastas do presente são os responsáveis pela continuidade da realização destes filmes, constituindo perante a sociedade um garante da existência futura deste património de imagens e sons através da sua obra cinematográfica.
Neste momento, de profunda crise na produção cinematográfica em Portugal, é vital que os filmes continuem a ser produzidos, exibidos e difundidos, continuando a retratar a realidade, manifestando preocupações, enunciando as aspirações e os desejos mais profundos da população portuguesa.
Está em risco a possibilidade de reflectir, sonhar e perspectivar o presente, mas também de constituir um património fílmico que consubstancia a realidade histórica e o imaginário futuro de um país. A necessidade da população se poder rever, identificando-se e projectando-se através da fruição da sua imagem filmada é um direito essencial, sem imagens em movimento e respectivos sons o seu presente é empobrecido, a sua memória é omissa e o seu futuro será inquestionavelmente hipotecado. Há uma enorme responsabilidade perante a população portuguesa de assegurar a existência deste "espelho mágico" uma obrigação a que os governantes portugueses não se podem furtar.
Os realizadores portugueses, cientes da importância única deste património, herdando o legado de milhares de "olhares" dos cineastas do passado, têm o dever e a obrigação de preservar a sua continuidade e o seu futuro. Nesta tarefa não estão sós, estão rodeados de autores, artistas, produtores, técnicos, prestadores de serviços, estúdios, laboratórios e de todas as pessoas e instituições que contribuem para a realização de um filme. Um filme é uma obra colectiva, a sua existência depende de um colectivo de pessoas e de todos os seus contributos para um fim comum. Em cada filme está registado residualmente um pouco das nossas vidas, a dedicação e esforço de um grupo de pessoas durante um momento específico de criação.
Citando livremente Manoel de Oliveira, o cinema é como uma árvore, cada ramo correspondendo um cineasta, cada galho um filme. Cada olhar de um cineasta cria as suas ramificações e as respectivas raízes. Esta àrvore centenária tem raízes bem fundas, sem o conhecimento destas raízes ou desprezando-as, os ramos perdem o seu vigor, as raízes apodrecem e deixam de existir, a árvore fenece correndo o risco da sua própria morte. O enfraquecimento desta àrvore tem como consequência a sua morte. Daí afirmarmos como Manoel de Oliveira, que para o cinema português "parar é morrer".
Os cineastas, realizadores, autores, artistas, produtores, técnicos, prestadores de serviços, estúdios, laboratórios, pessoas e instituições que providenciam a continuidade do cinema português e o seu futuro, estão em luta pela preservação de algo maior, deste legado centenário e da sua continuidade e futuro. A responsabilidade última perante a sociedade portuguesa.
Está em risco a capacidade dos portugueses, através dos filmes e do seu cinema, sonharem, se confrontarem com os seus fantasmas, fruindo na sua vida uma experiência mais rica e intensa, através das suas emoções e da projecção do seu imaginário.
Viva o cinema português!
9 de Maio de 2012