A APR - Associação Portuguesa de Realizadores manifesta a sua grande apreensão e indignação sobre o modo silencioso como este governo está a apagar a Cinemateca Portuguesa.
Novas regras administrativas cegas de um governo cada vez menos preocupado com a cultura levaram a Cinemateca a cancelar um grande número de sessões e legendagens dos filmes em Março passado. A partir do mês de Abril a Cinemateca Portuguesa viu-se obrigada a reduzir as sessões diárias, a fechar uma das suas salas, a acabar com o seu precioso programa mensal desdobrável que nos levava a escolher em detalhe, ou apenas a sonhar com os filmes que desejávamos ver ao longo de cada mês, a esquecer a reflexão e as promessas lançadas no mês de Janeiro com os ciclos de projecções e conversas com que inaugurou o ano: “ O que é programar uma Cinemateca hoje?”.
Porque é que a Ministra da Cultura não diz publicamente nada sobre este assunto que nos entristece e revolta a todos?
Num país em que a indústria norte-americana invadiu as salas de cinema de uma forma tão hegemónica, a Cinemateca Portuguesa tornou-se uma ilha essencial para a vida de uma cultura cinematográfica e para a organização de um pensamento sobre o cinema, como se sabe, lugares raros neste país.
Gerações de cineastas e gerações de cinéfilos devem à Cinemateca a formação de um olhar e a descoberta dos filmes da sua vida.
Senhora Ministra da Cultura, é um crime assistir passivamente ao progressivo “fade out” da Cinemateca Portuguesa.
A.P.R. - Associação Portuguesa de Realizadores
em 10 de Abril de 2011
Novas regras administrativas cegas de um governo cada vez menos preocupado com a cultura levaram a Cinemateca a cancelar um grande número de sessões e legendagens dos filmes em Março passado. A partir do mês de Abril a Cinemateca Portuguesa viu-se obrigada a reduzir as sessões diárias, a fechar uma das suas salas, a acabar com o seu precioso programa mensal desdobrável que nos levava a escolher em detalhe, ou apenas a sonhar com os filmes que desejávamos ver ao longo de cada mês, a esquecer a reflexão e as promessas lançadas no mês de Janeiro com os ciclos de projecções e conversas com que inaugurou o ano: “ O que é programar uma Cinemateca hoje?”.
Porque é que a Ministra da Cultura não diz publicamente nada sobre este assunto que nos entristece e revolta a todos?
Num país em que a indústria norte-americana invadiu as salas de cinema de uma forma tão hegemónica, a Cinemateca Portuguesa tornou-se uma ilha essencial para a vida de uma cultura cinematográfica e para a organização de um pensamento sobre o cinema, como se sabe, lugares raros neste país.
Gerações de cineastas e gerações de cinéfilos devem à Cinemateca a formação de um olhar e a descoberta dos filmes da sua vida.
Senhora Ministra da Cultura, é um crime assistir passivamente ao progressivo “fade out” da Cinemateca Portuguesa.
A.P.R. - Associação Portuguesa de Realizadores
em 10 de Abril de 2011